07 outubro 2009

Governadores brasileiros discutiram aquecimento global na Califórnia

A segunda Cúpula Global de Governadores sobre Clima e Floresta que tem como título Um chamado à ação: rumo a Copenhagen, iniciou no dia 30/9, em Los Angeles. Liderada pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, a cúpula reuniu 70 líderes da África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América do Sul.

O Brasil foi representado pelos governadores Ana Júlia Carepa (Pará), Binho Marques (Acre), Valdez Goes (Amapá), Eduardo Braga (Amazonas), Blairo Maggi (Mato Grosso) e Aécio Neves (Minas Gerais).

No primeiro dia dos trabalhos os estados do Amazonas e do Pará foram os escolhidos para dividir a presidência da Força Tarefa de Governadores, grupo técnico responsável pelas estratégias de implementação do programa de redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa. No dia 2/10, a governadora Ana Júlia, ao lado de outros governadores, participaram do painel sob o tema florestas. Nesta oportunidade, cada líder de estado teve um tempo de 10 minutos para fazer sua explanação. Ao final foi realizado um debate, quando defenderam seus programas e projetos.

Deste encontro, vão resultar acordos subnacionais que incluirá o pagamento pelo
esforço de reduzir o desmatamento.

A governadora Ana Júlia Carepa destacou a importância de dividir essa liderança com o Amazonas, lembrando que os estados brasileiros, que compõem a Amazônia Legal, já estão unidos em torno do Fórum de Governadores da Amazônia, mas que deve haver a unificação de ações não só da Amazônia brasileira, mas de todo os países que estão dentro desse bioma.

"Este trabalho conjunto poderá projetar ao mundo a contribuição que a floresta pode dar à humanidade.

A floresta em pé é muito importante, mas é preciso levar em conta que nela vivem
pessoas que merecem ter qualidade de vida, tanto quanto os povos dos países ricos que tanto precis am da floresta", enfatizou Ana Júlia Carepa.

De todos os estados brasileiros, o Pará é o que tem a maior parte da Amazônia preservada e grande parte de sua população morando na floresta. Por isso é o estado que deverá tomar as posições mais relevantes em termos de proteção ao meio ambiente, de estruturação do território para uma produção agrícola sustentável.

Para tanto, o Pará já definiu suas metas de combate ao desmatamento, por meio do Plano de Prevenção, Combate e Alternativas ao Desmatamento (PPCAD), decreto que institui a recomposição florestal de áreas degradadas, criou o Fórum Paraense de Mudanças Climáticas e a lei estadual de regularização fundiária para imóveis de até 2.500 hectares. A composição de uma política abrangente vinculada ao tema ambiental e organização da produção, inclui-se ainda o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da zona oeste e da borda leste Calha Norte, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o programa 1 Bilhão de Árvores para a Amazônia.

Histórico do encontro:

Em 2008, no primeiro encontro, nove estados do Brasil, Indonésia e Estados Unidos, representando mais de 50% das florestas tropicais do mundo, assinaram um acordo de cooperação para promover ações voltadas à redução do desmatamento e que contribuam para a redução das mudanças climáticas globais.

Desde então, encontros foram realizados no Brasil, sendo um deles, em Belém, em julho passado, ocasião em que foi elaborado um plano de ações conjuntas com recomendações de como ligar as várias atividades entre os
participantes. Os temas discutidos se relacionaram ao mecanismo denominado REDD, Redução do Desmatamento e Degradação Evitados.

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